Segundo Cisco 82% dos trabalhadores avaliam que a capacidade de trabalhar em qualquer lugar os tornou mais felizes

O trabalho híbrido ajudou a melhorar o bem-estar, o equilíbrio entre vida profissional e pessoal, e o desempenho de trabalhadores em todo o mundo, de acordo com um novo estudo global da Cisco.

Embora as organizações tenham se beneficiado de níveis mais altos de produtividade, é preciso fazer mais para criar uma cultura inclusiva e incorporar totalmente modelos de trabalho híbridos para aumentar os níveis de prontidão e aprimorar a experiência dos colaboradores.

O novo estudo da Cisco “Os empregados estão prontos para o trabalho híbrido, e você?” constatou que seis em cada dez (61%) trabalhadores acreditam que a qualidade do trabalho melhorou.

No Brasil, esse número é de 72,3%. A produtividade aumentou para 60% dos respondentes no mundo todo, e no Brasil o índice é de 71,6%. Três quartos dos colaboradores (76%) no mundo também sentem que sua função agora pode ser desempenhada tão bem remotamente quanto no escritório. No entanto, a pesquisa com 28 mil colaboradores de 27 países revela que apenas um em cada quatro (25%) sente que a sua empresa está ‘muito preparada’ para um futuro de trabalho híbrido. No Brasil, esse número é de 28,.3%.

“Está claro que o trabalho híbrido veio para ficar, já que empregados e empresas veem benefícios tangíveis em indicadores importantes, desde melhoria do bem-estar geral até melhor produtividade e desempenho no trabalho.

No entanto, é preciso fazer mais para aproveitar todas as oportunidades de um futuro de trabalho híbrido, particularmente na criação de uma cultura inclusiva, na elaboração de estratégias de engajamento de colaboradores e na implantação de infraestrutura de tecnologia”, afirma Renier Souza, diretor de Engenharia da Cisco do Brasil.

 

O trabalho híbrido melhorou vários aspectos do bem-estar dos funcionários

A pesquisa da Cisco examinou o impacto do trabalho híbrido em cinco categorias de bem-estar – emocional, financeiro, mental, físico e social –, sendo que mais de três quartos dos entrevistados (78%) afirmaram que o trabalho híbrido e remoto melhorou vários aspectos de seu bem-estar.

O tempo fora do escritório melhorou o equilíbrio entre vida profissional e pessoal para 79% dos colaboradores no mundo. Horários de trabalho mais flexíveis (62%) e a redução ou eliminação total do tempo de deslocamento (53%) contribuíram para essa melhoria.

Quase dois terços das pessoas (64%) economizaram pelo menos quatro horas por semana quando trabalharam em casa e mais de um quarto (26%) dos entrevistados economizou oito ou mais horas por semana. No Brasil, os números são ainda maiores com 65% afirmando poupar mais de quatro horas semanais e 30% economizando oito ou mais horas por semana no home office.

Entre os entrevistados, 45% classificaram ‘tempo com a família, amigos e animais de estimação’ como a melhor opção para reinvestir esse tempo extra. Isso melhorou o bem-estar social, com uma maioria significativa (73%) indicando que o trabalho remoto melhorou os relacionamentos familiares e metade (51%) dos entrevistados relatando o fortalecimento dos relacionamentos com os amigos.

No país, os índices são maiores com 84,3% afirmando melhor relação com a família e 62,9% afirmando maior relacionamento com os amigos.

No momento da pesquisa, mais de três quartos (76%) dos entrevistados responderam que seu bem-estar financeiro melhorou porque podiam economizar dinheiro enquanto trabalhavam remotamente. A economia média foi de pouco mais de US$ 150 por semana, o que equivale a aproximadamente US$ 8 mil por ano. Entre os entrevistados brasileiros, a economia média nos últimos 12 meses foi cerca de R$ 38 mil (US$ 7.800).

Um número considerável, 87%, classificou a economia de combustível e/ou deslocamento como uma das três principais fontes de economia, seguida por uma redução nos gastos com alimentação e entretenimento para 74% dos entrevistados. Quase nove em cada dez (86%) acreditam que podem manter essas economias a longo prazo, e 69% levariam essas economias em consideração ao contemplar uma mudança de emprego, por exemplo.

Além disso, mais de dois terços (68%) dos entrevistados acreditam que seu condicionamento físico melhorou com o trabalho remoto. Sete em cada dez (71%) se exercitam mais quando trabalham remotamente, com um aumento médio de 130 sessões adicionais por ano. Um número semelhante (68%) diz que o trabalho híbrido impactou positivamente seus hábitos alimentares. No Brasil, esse índice é de 78%.

Dada a melhoria em vários aspectos do bem-estar, uma esmagadora maioria (82%) dos trabalhadores diz que a capacidade de trabalhar em qualquer lugar os tornou mais felizes. Mais da metade (55%) relata que o trabalho híbrido ajudou a diminuir seus níveis de estresse. Cerca de um terço (29%) considera o trabalho híbrido mais relaxante e a pressão no ambiente de trabalho menor, enquanto 27% atribuem a diminuição do estresse à maior flexibilidade oferecida pelos modelos de trabalho híbrido.

No entanto, nem todos relataram experiências positivas, com mais da metade (55%) acreditando que os comportamentos de microgerenciamento aumentaram com o trabalho híbrido e remoto.

 

Estratégias e táticas para as organizações se prepararem melhor para o futuro do trabalho híbrido

Com os benefícios evidentes do trabalho híbrido, o estudo mostra que quase três quartos (71%) desejam uma combinação de um modelo de trabalho remoto e no escritório, no futuro. Cerca de um quinto (20%) deseja uma experiência de trabalho totalmente remota e apenas 9% desejam ir ao escritório em período integral.

No entanto, ainda há incerteza sobre como diferentes modelos de trabalho podem afetar a inclusão e o engajamento. Mais da metade dos entrevistados diz que aqueles que trabalham totalmente de forma remota terão desafios para se engajar com seus colegas (59%) e a empresa (57%), em comparação com aqueles que alternam entre trabalho remoto e presencial.

Além disso, a pesquisa concluiu que a confiança será um elemento crítico para as organizações gerenciarem — enquanto 71% dos entrevistados acreditam que seu gestor confia neles para serem produtivos ao trabalhar remotamente, um número menor (59%) acredita que podem confiar em seus colegas para trabalhar remotamente. No Brasil, esse índice de confiança é um pouco maior com 82,2% acreditando na confiança do gestor ao trabalhar remotamente e 60,4% acreditando na confiança dos colegas.

Essas constatações ressaltam a necessidade de uma cultura inclusiva na vanguarda do futuro do trabalho híbrido. Sete em cada dez entrevistados (73%) dizem que sua empresa precisa repensar a cultura e mentalidade para tornar o trabalho híbrido realmente inclusivo. As principais mudanças que os empregados gostariam de ver para apoiar o trabalho híbrido são: maior flexibilidade na definição de horas de trabalho (60%) e maior ênfase no bem-estar e equilíbrio entre vida profissional e pessoal (60%).

Ao mesmo tempo, a tecnologia continuará sendo fundamental para possibilitar um futuro com forças de trabalho cada vez mais diversificadas e distribuídas. Seis em cada dez (62%) entrevistados acreditam que ter problemas de conectividade regularmente limita a carreira dos trabalhadores remotos. Como resultado, 84% dizem que a infraestrutura de rede é essencial para uma experiência perfeita de trabalho em casa, mas apenas 68% dizem que sua empresa atualmente tem a infraestrutura de rede adequada.

“Já sabemos que o futuro do trabalho é híbrido e para que esse modelo seja efetivo e traga benefícios para todos – funcionário e empresa – é imprescindível uma conectividade de qualidade e segura para que os colaboradores tenham um ambiente de trabalho ideal, mesmo longe da infraestrutura do escritório”, comenta Renier Souza, diretor de Engenharia da Cisco do Brasil.

Mais de três quartos dos entrevistados (78%) também acreditam que a segurança cibernética é fundamental para tornar o trabalho híbrido seguro, mas menos de dois terços (65%) dizem que sua organização atualmente possui os recursos e protocolos adequados. Apenas 62% acreditam que todos os funcionários da empresa entendem os riscos cibernéticos envolvidos no trabalho híbrido e 68% acham que os líderes de negócios estão familiarizados com os riscos.

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