Cassiano Cavalcanti, diretor de Pré-vendas da BioCatch na América Latina.
Cassiano Cavalcanti, diretor de Pré-vendas da BioCatch na América Latina.

Infelizmente, histórias sobre “sequestro do PIX” são cada vez mais frequente no Brasil: geralmente o criminoso aborda a vítima, fica com ela por um curto período para pegar seus dados e depois a solta.

Porém, com o aumento do uso do telefone celular na vida dos cidadãos, este tipo de crime evoluiu e pode englobar outras duas maneiras: na primeira, o celular é arrancado da mão da vítima e os criminosos saem correndo; na segunda, a vítima é obrigada a passar os seus dados ou, até mesmo, transferir dinheiro aos sequestradores.

A criação do PIX (meio de pagamento eletrônico instantâneo), em 2020, teve o intuito de facilitar a forma de os brasileiros realizarem transferências bancárias, proporcionando mais agilidade e praticidade.

É possível considerar que os golpes que surgiram após o lançamento dessa ferramenta são semelhantes àqueles em que a vítima é obrigada a passar seus dados, mas dessa vez pode acontecer de ela ser induzida por “pressão psicológica” e, consequentemente, enganada.

Por esses motivos, foi necessário que as instituições financeiras buscassem medidas para se prevenir e proteger seus clientes de diversas situações de perigo, visto que, hoje em dia, não é mais necessário que o infrator esteja no mesmo ambiente físico que a vítima para conseguir furtá-la ou obrigá-la a passar suas informações. Ele pode fazer isso de forma muito mais rápida e segura por meio do ambiente online, principalmente via WhatsApp.

Segundo uma pesquisa realizada pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), em dezembro, o golpe do WhatsApp foi citado por 24% dos entrevistados e houve um aumento de três pontos percentuais comparado ao trimestre anterior. Sendo assim, percebe-se a necessidade de os bancos adotarem soluções eficazes de combate e prevenção a esse tipo de problema.

Para que isso aconteça, é primordial a utilização de métodos mais eficazes. Um deles é o da biometria comportamental, que consiste em uma análise de padrões comportamentais físicos e cognitivos de uma pessoa para analisar a existência de anomalias ou desvios durante toda a sessão bancária online, reforçando a proteção contra fraudes.

Como resultado desta análise, obtemos um “score” do risco que avalia a probabilidade de fraude durante a sessão. Quanto menor o desvio dos padrões comportamentais, menos os bancos precisarão se preocupar com a legitimidade e intenção do usuário, melhorando, assim, a experiência do cliente.

Através da aplicação de modelos de machine learning sobre os dados comportamentais, é possível identificar em tempo real, indicações de estresse e nervosismo (como mãos suadas e hesitação), entre outros insights dos estados físicos e emocionais do usuário. Esses tipos de indicadores são comumente vistos quando uma pessoa se encontra em uma situação de risco.

Com o aumento exponencial do uso do PIX, a quantidade de tentativas de fraudes aumentará na mesma proporção, desta forma os bancos estão sempre buscando tecnologias avançadas e poderosas para tornar o ambiente financeiro cada vez mais seguro para o cliente final.

Neste contexto, a biometria comportamental é fundamental para tornar o espaço de pagamentos cada vez mais seguro, sempre de forma transparente aos correntistas dos bancos.

 

*artigo escrito por Cassiano Cavalcanti é diretor de Pré-vendas da BioCatch na América Latina.

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