A massiva disrupção causada pela pandemia gerou uma mudança extraordinária no comportamento dos consumidores, impactando quase todos os setores econômicos. Desde mercados, processos e sistemas operacionais, o novo ambiente híbrido reconfigurou o modo como as organizações gerenciam suas forças de trabalho, respondem às ameaças cibernéticas globais e até mesmo atraem os melhores talentos.
Embora a economia esteja, aos poucos, encontrando um novo equilíbrio, o ‘novo normal’ exigirá que a tecnologia vá além de simplesmente acompanhar o ritmo acelerado das mudanças. Para prosperar, a indústria terá que aumentar sua resiliência em três dimensões-chave de suas operações para lidar com os desafios que estão por vir: projetar tecnologias disruptivas, capacitar a força de trabalho de forma mais resiliente e administrar a segurança considerando que o local de trabalho está em constante transformação.
1 – Projetar tecnologias disruptivas
Os hábitos dos consumidores mudaram drasticamente durante a pandemia. A constante evolução dos desejos dos consumidores por ferramentas e serviços cada vez mais personalizados, digitais, simples e sustentáveis, observada durante o período de confinamento, continua evoluindo à medida que os consumidores seguem sendo atraídos por uma maior conveniência. E, com o equivalente a duas décadas de avanços concentrando-se em menos de dois anos, os varejistas estão focados em proporcionar uma experiência omnichannel para os clientes.
No entanto, seguir essas tendências não é suficiente para competir no mercado atual. As novas tecnologias devem ser flexíveis o suficiente para atender às dinâmicas necessidades do cliente que busca soluções personalizadas e individualizadas. Ou seja, as empresas de tecnologia precisam alterar sua mentalidade, esquecendo um pouco a venda de produtos e oferecendo soluções baseadas em resultados.
2 – Capacitar a força de trabalho de forma mais resiliente
A pandemia faz da saúde mental uma prioridade, ao mesmo tempo em que fez com que os laços formados entre as equipes fossem ainda mais valorizados: em uma época de grandes mudanças, equipes que possuíam um relacionamento mais próximo entre si têm 37% mais chances de manterem sua saúde mental em bom estado, segundo o Gartner. Ou seja, melhorar a colaboração e promover a inclusão é essencial para desenvolver a resiliência dos funcionários a longo prazo.
As mudanças no modo como os produtos são desenvolvidos, divulgados e vendidos, bem como o crescimento do trabalho híbrido, têm pressionado os colaboradores a aprenderem novas habilidades. No ano passado, o Gartner descobriu que seis em cada dez profissionais teriam que desenvolver novas competências para fazerem bem seu trabalho. Em meio à forte competição pelos melhores talentos, as organizações devem repensar as funções tradicionais desempenhadas por seus funcionários e colocar em prática um plano de treinamento para uma nova era digital.
E, para ter eficácia, esse treinamento precisa ser inclusivo. Como parte desse esforço, a HP está focada em um formato de recrutamento que priorize mais o talento do que experiência no setor, gênero e idade
Se repensarem os cargos tradicionais, as práticas de recrutamento e até mesmo os treinamentos oferecidos, as organizações vão fomentar uma cultura de agilidade e inclusão. E, ao empoderar os trabalhadores com novas habilidades e com ferramentas colaborativas, vão criar uma força de trabalho mais resiliente.
3 – Administrar a segurança em um local de trabalho em constante mudança
Implementar tecnologias e ferramentas de colaboração visando à resiliência também exigirá uma mudança em como as organizações pensam em segurança. Globalmente, os orçamentos destinados à cibersegurança correspondem a 15% de todas as despesas de TI. Com o trabalho remoto expandindo o alcance das redes corporativas, 85% dos departamentos estão priorizando a segurança de endpoint.
Nos últimos 20 anos, o Laboratório de Segurança da HP tem elevado os padrões nessa área, dando às empresas acesso a especialistas de cibersegurança e a ferramentas analíticas que reforçam o empenho de TI em proteger ativos e dados essenciais.
Investir em produtos e serviços de segurança mais abrangentes é um passo crucial na preparação das equipes para que mantenham a segurança em um futuro cheio de incertezas.
4 – Fortalecer-se por meio da resiliência
As organizações que priorizarem a resiliência como pilar organizacional, estarão em melhores condições de enfrentar os desafios do ‘novo normal’ – e, também, do futuro. É impossível prever quais serão as próximas grandes mudanças, mas as organizações que aumentarem sua flexibilidade e agilidade conseguirão lidar bem com essas transformações.
*Artigo escrito por Marcos Razón, Diretor e Gerente geral da HP Inc. para a América Latina
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