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A evolução tecnológica passou por etapas importantes ao longo dos anos. Um grande impulsionador neste processo foi a difusão do uso de softwares de gestão, também conhecidos como ERPs, no universo corporativo.

Apesar de já consolidados no mercado, os ERPs seguem em ascensão e, de acordo com estudo Semiannual Software Tracker, divulgado pela IDC Brasil, cresceram em 2020, em uma taxa acima de 25%, totalizando investimentos da ordem de R$ 14 bilhões. Mas, como foi o processo de consolidação desta importante tecnologia no país?

Os diferentes tipos de ERPs

O primeiro grupo de fabricantes de ERP é o mais novo. Ele atende empresas de pequeno porte que buscam ERPs modernos, nativos da cloud e que podem ser genéricos atendendo as funções básicas da gestão empresarial.

Neste caso, tratam-se de ERPs enxutos que resolvem de maneira ágil os problemas mais simples, ou seja, soluções com adoção rápida e que funcionam muito bem enquanto a empresa que os consome não apresentar as dores que a complexidade do crescimento trás.

Esses sistemas carecem de personalizações para se encaixarem na operação de segmentos específicos como varejo, logística, agro ou contabilidade, por exemplo.

Também existem os ERPs de nicho. O mercado brasileiro é privilegiado pela diversidade de sistemas de gestão capazes de atender as pequenas e médias empresas dos mais variados segmentos, com soluções projetadas especificamente para verticais como saúde, hospitalidade, varejo, agro, logística, entre outras.

Estima-se que existam cerca de três mil softwares houses no Brasil produzindo e mantendo soluções desse tipo, cobrindo mais de 70% do mercado brasileiro de PMEs.

Geralmente são tecnologias presentes no mercado há mais de 15 anos e que apresentam em seu corpo um conjunto muito desenvolvido de ferramentas específicas para cada segmento.
Já o terceiro grupo de ERPs é composto por soluções enterprise, bem mais complexas e que permitem um alto grau de personalização. Neste caso, existem players internacionais que oferecem o mesmo mecanismo para empresas médias e grandes que personalizam a ferramenta de acordo com as suas necessidades.

Desafios tecnológicos dos ERPs

Vale ressaltar que as soluções do grupo de ERPs genéricos não possuem desafios tecnológicos complexos, uma vez que foram desenvolvidas mais recentemente utilizando recursos mais modernos e já estão baseadas em nuvem.

Escalar de maneira controlada e segura sempre será um problema para soluções multi-tenant (multilocação de softwares), mas o ganho em compartilhar a mesma infraestrutura entre milhares de clientes é fundamental para manter os custos baixos que essas soluções oferecem aos seus clientes de pequeno porte.

Além disso, esse problema de escala já é bem conhecido e existem diversas soluções em nuvem para endereçá-lo.

Diante deste contexto, fica claro que o desenvolvimento dos ERPs segue em evolução para atender as novas exigências e demandas do mercado. Seja para atender PMEs ou grandes corporações, o mercado tem progredido para incorporar o que há de mais moderno ao ambiente das empresas por meio de módulos e sistemas integráveis.

O mais importante é compreender que a real modernização está associada às novas funcionalidades atreladas à transformação digital, que de fato agreguem diferenciais aos negócios das empresas.

Os sistemas de gestão já provaram a sua eficiência, entretanto, é a sua capacidade de evoluir que a credencia como peça chave para transformar os negócios.

*artigo escrito por Caio Klein,  CPO da Sky.One, companhia especializada no desenvolvimento de plataformas tecnológicas para a evolução digital das empresas.

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