Joel Formiga, Country Manager Brazil da mprhX.
Joel Formiga, Country Manager Brazil da mprhX.

A alternativa é o modelo de interoperabilidade por repositório, onde cada sistema faz um esforço único de conexão bidirecional

 

Hospitais já estão informatizados, laboratórios são digitais da coleta ao resultado, clínicas e ambulatórios têm seus prontuários eletrônicos, imagens de radiologia estão na nuvem… então o que falta digitalizar na Saúde?

Falta digitalizar a jornada, a conexão entre os pontos de atenção à saúde: a interoperabilidade de informações clínicas para a quebra da descontinuidade assistencial que impera nos sistemas de saúde públicos ou privados, no Brasil e no exterior.

Na interoperabilidade está o caminho para uma melhor coordenação do cuidado.

O primeiro desafio são os dados, armazenados em silos em sistemas monolíticos com modelos de dados e terminologias proprietários, com seus próprios cadastros de pacientes, acumulando redundâncias e inconsistências.

Até recentemente, a interoperabilidade se dava pela conectividade “n to n”, o modelo federado, facilitado pela adoção de protocolos de mensageria como o HL7 V2.

Isso esbarra na dificuldade em escalar, dada a exponencialidade do número de conexões cada vez que um novo sistema é trazido para a estrela. Além disso, resulta em um alto custo de manutenção quando um sistema é substituído ou alterado.

A alternativa é o modelo de interoperabilidade por repositório, onde cada sistema faz um esforço único de conexão bidirecional, passando a alimentar e beber de todos os demais sistemas que ali estejam conectados.

Nesse repositório com dados normalizados resolve-se a identidade, unificando dados clínicos de diferentes fontes em torno do paciente, que é o elo entre a emergência e a internação, a cirurgia e o ambulatório, a prescrição e o monitoramento domiciliar.

Um bom repositório permite ainda a gestão das terminologias, a segurança dos dados e o controle de acesso e compartilhamento de acordo com a LGPD.

É também a melhor fonte para analíticos, com dados devidamente catalogados e categorizados, impraticável no modelo federado.

A interoperabilidade via repositório precede o protocolo FHIR, como no NEHR – National Eletronic Health Record de Cingapura, no ar desde 2010.

Mas com a ascensão do FHIR como “the standard of choice” na HIMSS 2019 e sua coroação ao virar regra do Cures Act americano, a indústria chega perto de um consenso.

O FHIR vai muito além do modelo de dados que abrange informações demográficas, clínicas e financeiras (seguro), gerenciando o que não se encaixa nos recursos FHIR, permitindo a dualidade de terminologias para cada atributo e padronizando API’s para consumo e atualização dos dados.

Mesmo que os sistemas transacionais de origem não sejam (ainda) construídos em FHIR, esse é “o Esperanto que deu certo” – permitindo que sistemas com modelos proprietários compartilhem informações com múltiplos outros, com apenas um esforço de integração, cada vez mais facilitado pelos conectores FHIR de mercado.

Fica a pergunta se esse repositório FHIR é um ambiente transacional ou apenas de consulta e troca de informações.

Na verdade, o que já está informatizado ou possui alta especialidade, como os HIS, PEPs, LIS, Imagens, segue transacionando nos sistemas especialistas, e alimentando o repositório.

Mas nas lacunas digitais, que estão nos pontos de transição entre os diferentes serviços, é sim possível e vantajoso transacionar diretamente em cima do repositório.

Coordenação de cuidado, monitoramento remoto de pacientes, digitalização do acesso, engajamento do paciente são exemplos de aplicações que podem ser desenvolvidas nesse ambiente, utilizando API’s Smart on FHIR.

A mphrX nasceu com a visão de entregar interoperabilidade de alta qualidade em tempo recorde, em cima da melhor e mais completa implementação FHIR na sua plataforma Minerva.

Desde então, expandimos para levar automação da jornada de Saúde a nossos clientes de maneira modular e integrada, aproveitando tudo que já funciona e acelerando o road map de digitalização de instituições de ponta, globalmente.

Para que não falte mais tanto a digitalizar na Saúde.

 

  • Artigo escrito por Joel Formiga, Country Manager Brazil da mprhX.

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